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Candidata transexual tem direito a concorrer com nome de mulher

O MPE (Ministério Público Eleitoral) pediu em parecer a desaprovação do  DRAP (Demonstrativo de Regularidade dos Atos Partidários )do PSB (Partido Socialista Brasileiro), porque o partido não teria cumprido a cota de gênero da Lei Eleitoral, que exige o mínimo de 30% demulheres concorrendo. O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro)negou o provimento do parecer, em sessão a última sexta-feira ((1/8).

A relatora do processo, juíza Ana Tereza Basílio, rejeitou a interpretação que atribuía ao transexual o sexo masculino, lembrando que a opção de gênero era “um direito da pessoa humana”. Além disso, segundo colocado pela juíza, a candidata já havia obtido obteve uma decisão judicial que reconhecia sua identidade feminina. O voto foi acompanhado por unanimidade.

A ata da convenção partidária é o principal documento do processo do DRAP, que, se rejeitado pelo plenário, impediria a candidatura de deputados estaduais e federais no Estado.

O TSE faz campanha desde março deste ano visando incentivar mulheres a ingressarem na vida político-partidária. No entanto, para a socióloga e fundadora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Guacira Oliveira, entrevistada pela ONG, o sistema político é esxcudente e patriarcal e, mesmo com as cotas, os partidos se esforçam para, ao máximo, alcançar o número mínimo da cota. “Mesmo cumprindo as cotas, o número de mulheres eleitas permaneceu praticamente o mesmo. Pelo sistema eleitoral, só se elege quem já está aliado ao poder econômico ou no poder. E as mulheres não estão nesse espaço,” aponta Oliveira.

Paradoxalmente, as mulheres representam 51,5% da população brasileira (110,5 milhões).