Com pouco mais de dois meses em funcionamento, os cartórios de registro civil, implantado dentro do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), já registraram até o momento, 259 bebês nascidos naquela casa de saúde. O serviço, que deixou de funcionar por muito tempo, foi reativado em maio deste ano, e a primeira criança a ganhar a certidão de nascimento foi o pequeno Thaliz Neto Moraes da silva, nascido no dia 06 de junho de 2014.
A reativação dos serviços de cartório dentro da HMML correu, através da parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Cartórios de Registro Civil e Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP).
A parceria permitiu a emissão do registro de nascimento dentro da própria maternidade. Após o nascimento, os pais são encaminhados ao posto de registro civil onde apresentam as informações e os documentos necessários para a emissão do registro. O funcionário do cartório, que atua no posto, envia os dados à sede, via internet; o cartório procede o registro físico no Livro de Registros e emite a certidão para o posto de atendimento, onde o documento é impresso, assinado e selado pelo funcionário.
"Com toda essa facilidade, iremos ajudar na diminuição do número de crianças sem registro de nascimento no Estado", explica o diretor da maternidade, Acimor Coutinho.
Para o casal Josele Correia Castilo, 23, e Jorge Furtado de Andrade, 25, pais do pequeno L. E. F. C., com 16 dias de vida, o serviço de emissão de certidão de nascimento foi fundamental para a vida do bebê que nasceu com problemas de saúde e precisou permanecer internado no hospital para tratamento. "Sem a certidão de nascimento em mãos, não iríamos conseguir fazer os exames pedidos pelo médico", disse.
A jovem Raylane Marques da Silva, 20, residente na comunidade Santo Antônio da Pedreira, aprovou o projeto do Hospital da Mulher. Raylane, que recebe alta médica nesta quinta-feira, 31, já até escolheu o nome para a sua segunda filha que irá chamar-se Evellyn, de apenas três dias.
Outra que se beneficia com o projeto é a agricultura Claudia Maria Ferreira da Silva, 33, moradora do Rio Preto, município de Mazagão. Mãe de três filhos, Claudia conta que em 2008 e 2010, quando teve seus dois primeiros filhos na maternidade, não conseguiu registrá-los porque o serviço não funcionava. "Agora sei que desta vez deixo o hospital com a certidão do meu filho na mão, falta apenas escolher o nome para ele", frisou.
Os dois cartórios instalados na maternidade Mãe Luzia emitem em média de 12 a 15 certidões de nascimento por dia.