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Clipping – ZH Gaúcha – RS foi o único Estado com redução no número de nascimentos em 2017

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (31), mostram os gaúchos na contramão da natalidade no Brasil. De acordo com as Estatísticas do Registro Civil 2017, apenas o Rio Grande do Sul teve redução no número de nascimentos registrados em 2017 em relação a 2016. Nos demais Estados, o sentido foi inverso, garantindo ao Brasil crescimento de 2,6%.

Os resultados apresentados pelo IBGE referem-se aos registros de nascidos vivos, casamentos, óbitos e óbitos fetais, informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais. Também entram na estatística os divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis e os Tabelionatos de Notas.

– Isso é já um sinal do que estamos dizendo há algum tempo sobre o envelhecimento da população, ainda mais no sul do Brasil. Vários dados permitem ao IBGE fazer a projeção sobre as mortes superarem os nascimentos no futuro. E os registros civis são parte dessas informações – afirma a gerente das Estatísticas do Registro Civil do IBGE, Klivia Brayner Oliveira.

A redução no Estado foi de 397 nascimentos – 140.839 em 2016 para 140.442 em 2017. Mas em outros Estados, o aumento partiu de 0,4% (Pará) até 9% (Tocantins). Os números nacionais revelaram uma recuperação no total em comparação com 2016, mas menor do que o constatado em 2015 e 2014.

  1. Previdência como desafio

Quanto ao Rio Grande do Sul, significa que, gradualmente, uma estimativa divulgada neste ano começa a dar sinais. Em julho, o IBGE revelou estudo com a projeção de que o pico populacional no Estado ocorrerá em 2035: 11,7 milhões de gaúchos. A partir do ano seguinte, a queda será gradual. Em 2018, a população está em 11,3 milhões, colocando o Rio Grande do Sul como o sexto Estado mais populoso do Brasil. Os dados do IBGE batem com a realidade identificada dos cartórios.

– Hoje, os dados são precisos. Há 10 anos, por exemplo, se poderia dizer que haveria até 10% de diferença entre os nascimentos reais e seus registros. Mas, atualmente, estamos até indo às maternidades fazer esse trabalho. Houve uma mobilização grande dos órgãos competentes – diz o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado (Arpen-RS), Arioste Schnorr.

Os dados dos registros de 2017 revelam que, para cada cem óbitos no Estado, ocorrem 164 nascimentos, ainda um crescimento. Mas já surgem pistas apontando o caminho inverso: mais mortes do que nascimentos. Para a especialista do IBGE, os registro se apresentam para que a sociedade comece a agir.

– Os dados dos registros de 2017 ajudam na discussão que precisamos ter hoje, não somente no Rio Grande do Sul. Será preciso começar a trabalhar sobre essas informações. Teremos menos crianças e mais idosos? Como será a Previdência Social nessa realidade? E o mercado de trabalho? – questiona Klivia.