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Correio Braziliense – Sobre culpados e inocentes


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Devastadores os depoimentos de segunda-feira na CPI da Covid. O impacto dessa calamidade, principalmente para crianças, é imensurável. A enfermeira Mayra Lima contou na comissão que a irmã, vítima do novo coronavírus, deixou quatro filhos, entre os quais, um casal de gêmeos, que completou 1 ano no início deste mês. Giovanna da Silva, 19 anos, assumiu a guarda da irmã, de 11, após perderem os pais num intervalo de 14 dias. 

 

Mais de 113 mil crianças e adolescentes no Brasil ficaram sem o pai, a mãe, ou ambos, vitimados pela covid-19 entre março de 2020 e abril de 2021. Os dados são da revista científica Lancet. Nesta semana, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) mostrou que 12.211 crianças de até 6 anos ficaram órfãs de pelo menos um dos pais por causa do vírus. A entidade, que representa os cartórios de registro civil do país, levantou dados de 16 de março de 2020 a 24 de setembro deste ano. 

 

Quem vai responder por tanta dor? A CPI da Covid deu nomes. Dezenas deles. A investigação apontou que o Brasil não teria sido atingido de forma tão dilacerante se, especialmente, as autoridades públicas tivessem agido com responsabilidade e, por que não dizer, com humanidade. 

 

Os crimes relacionados são numerosos: atraso deliberado na compra de vacina; incitação ao uso de medicamento ineficazes contra a doença; intenção de imunizar a população por meio da contaminação natural, a chamada imunidade de rebanho; desestímulo às medidas para conter a disseminação do vírus, como uso de máscara e distanciamento social; propagação de fake news, que sabotou o combate à pandemia… e a lista segue. O resultado, estamos vendo: já são quase 605 mil vidas perdidas, sem contar o sofrimento dos sequelados. O relatório da CPI está posto.  

 

Falta a votação. E o trabalho não pode parar por aí. Todos os culpados por essa catástrofe têm de ser responsabilizados exemplarmente. É uma questão de justiça, não só com vítimas e seus familiares como com todo o país que, de uma forma ou de outra, está sendo impactado pela crueldade, negligência e ambição desmedida, principalmente, de atores públicos. 

 

Punir quem cometeu crime, sim, e não esquecer do amparo aos inocentes, os que, além do abalo emocional para toda a vida, ficaram desassistidos financeiramente. A CPI elaborou um projeto de lei que cria pensão especial para crianças e adolescentes que ficaram órfãos por causa da pandemia. Cabe ao Congresso dar prosseguimento, urgente, à proposta. 

 

Fonte: Correio Braziliense