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TJ/RJ – Emoção toma conta de audiência da 1ª Vara da Infância da Capital

Juízo realiza entrega simbólica de novos registros civis de processos de adoção 

 

Valeu a pena esperar! O processo demorou e teve momentos que achava que não ia conseguir. Mas consegui ter minha filha comigo. Porque eu adoro minha filha e ela me adora. Quero dizer que vale a pena adotar uma criança. O amor e o carinho que damos e recebemos são mais importantes do que qualquer coisa. Valeu a pena esperar!”, afirmou, emocionada, Ana Valéria Soares Lima, mãe de Ludmila, durante audiência especial virtual para entrega simbólica dos novos registros civis de 11 crianças e adolescentes que tiveram concluídos seus processos de adoção pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

 

Promovida nesta quinta-feira (27/5), pela 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso (VIJI) da Capital, a cerimônia, realizada de forma virtual em razão da pandemia da Covid-19, aconteceu em comemoração ao Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio. O evento também marcou a conclusão do Mutirão de Adoção realizado pelas 1ª e 2ª Varas de Infância da Capital com o objetivo de concluir, no mês de maio, cerca de 40 processos de adoção no Rio de Janeiro.

 

“Gostaríamos muito que o dia de hoje fosse realizado de forma presencial. Que pudéssemos estar todos juntos, irmanados, fazendo essa audiência coletiva para celebrar a adoção, o amor de vocês por essas crianças, o novo nascimento, uma nova vida para essas crianças e adolescentes, uma vez que a adoção, para nós juízes, certamente é um dos atos mais bonitos e mais importantes de nossas carreiras”, afirmou o juiz Sandro Pithan Espíndola, juiz em exercício nas 1ª e 2ª VIJI da Capital.

 

A audiência foi marcada pela emoção dos pais e mães ao verem concluídos seus processos de adoção. O casal Ana Cristina e Luiz Alexandre Ratto comemorou a oficialização da adoção de Beatriz e Mariana, desejando que outras pessoas sigam pelo mesmo caminho.

 

“Só tenho a agradecer esse momento. Foi uma gestação muito longa, realmente, mas estou muito feliz que esse momento tenha chegado. É uma pena que tenha chegado nesse período de pandemia, pois gostaríamos de poder comemorar com muitas pessoas. Acho que todos sentem falta disso. Sou uma grande defensora da adoção, pois minha mãe é filha adotiva e, por isso, a adoção é um tema muito presente na nossa família. Parabenizo a todos que estão participando dessa audiência e espero que muitas outras famílias possam estar aqui em outras audiências, comemorando o término dos seus processos com seus filhos. Que sejamos todos felizes!”, desejou Ana Cristina.

 

O adolescente Lucas, filho de Diva Cunha Fonseca, fez questão de relatar a mudança que a adoção trouxe para sua vida.

 

“Na verdade, não sei muito o que dizer, mas queria agradecer mesmo, porque são coisas importantes que eu nem percebia, mas que hoje em dia, para mim, são grandes demais. Ter ela como minha mãe é uma das coisas mais felizes que aconteceu na minha vida”, frisou.

 

O juiz Sandro Pithan reconheceu que o processo de adoção, muitas vezes, pode exigir uma tramitação mais demorada.  Mas explicou que é necessário obedecer a todos os procedimentos legais obrigatórios para validação do processo.

 

“Gostaria de agradecer muito a participação de todos vocês, pedindo escusas pela demora na tramitação processual, que muitas vezes independe do próprio Poder Judiciário. Temos um sistema processual que exige que passemos por uma série de formalidades sob pena de corrermos o risco de esse processo vir a ser anulado no futuro. Por isso, é preciso que esse processo passe, efetivamente, por todas as etapas para que ele termine e que possa garantir a efetiva segurança jurídica para cada um dos senhores.”

 

No encerramento da audiência, o juiz externou seu desejo de que os pais atuem como multiplicadores na cultura da adoção.

 

“Esperamos que vocês possam divulgar essa cultura da adoção para outras famílias, principalmente, em relação às adoções consideradas necessárias, que são as adoções de crianças acima de 8 anos de idade, de grupos de irmãos, adoção inter-racial e adoção de crianças portadoras de necessidades especiais. Infelizmente, muitas dessas crianças e adolescentes acabam perdendo a fase mais importante de suas vidas dentro de um programa de entidade de acolhimento institucional ou familiar. E aquelas famílias que não desejam adotar, que possam apadrinhar essas crianças e esses adolescentes. É muito importante que vocês sejam agentes multiplicadores dessa ideia e desse ideal de adoção”, completou o magistrado.

 

Fonte: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro