Auxiliar o casal que esteja em processo de divórcio ou dissolução de união estável a enfrentar possíveis conflitos inerentes ao momento e ajudar a criar uma efetiva e saudável relação parental junto aos filhos. Esse é o objetivo das Oficinas de Pais e Filhos, promovida Núcleo Permanente de Solução e Conflitos do Tribunal de Justiça do Maranhão, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Com duração de 4 horas, as oficinas foram aplicadas de forma individual e paralela para pais e mães, crianças e adolescentes, na Fundação da Cidadania e Justiça, no bairro São Francisco, no dia 13 deste mês.

Foram contemplados os processos das 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Varas de Família de São Luís. A consteladora Ariane Mendes Castro Pinheiro – juíza de direito titular da 13ª Vara Cível – Sesteve presente nas oficinas. A magistrada falou sobre constelações sistêmicas e sobre a utilização do método nos conflitos familiares.

O encontro foi ministrado pelos conciliadores do Núcleo de Solução de Conflitos do TJMA, Washington Souza Coelho e Maria Isalete dos Santos Barreto, e pela conciliadora da Defensoria Público do Estado, Maíra Lopes de Castro, com a participação de assistentes sociais, psicólogas, estagiárias de pedagogia e serviço social.

De acordo com os organizadores, o fim do casamento pode ser bem mais difícil para os filhos e, por essa razão, as oficinas são pensadas para apoiá-las a entenderem o que ocorre com as crianças e com os adolescentes após a separação.

Eles explicam que, a partir disso, são oferecidos os elementos que os ajudam a se organizarem para colocarem em prática as mudanças necessárias e eficazes para um bom entendimento familiar, buscando o menor dano emocional possível a todos os envolvidos.

O trabalho visa também prevenir a alienação parental, na medida em que procura conscientizar o casal para a importância do convívio da criança com ambos os pais, para que construa uma relação saudável e forme por si mesma uma imagem positiva de cada um deles.

OFICINAS DE PAIS E FILHOS – É um projeto desenvolvido, a partir da experiência de trabalho com famílias que procuram o Judiciário em busca de solução para os conflitos originados com o fim do casamento ou união estável.

O trabalho se apoia na necessidade de oferecer atendimento aos casais e filhos, num ambiente para reflexão e reorganização familiar. É um espaço para as crianças e os adolescentes falarem sobre seus sentimentos e expectativas e os pais refletirem sobre seus comportamentos e atitudes em relação aos filhos.

Trata-se de um programa educacional e preventivo, sem a pretensão de orientar casos específicos e sem a finalidade de resolver disputas individuais. Idealizado a partir do cotidiano das varas de família que revela a ausência de programas específicos para ajudar os casais e os respectivos filhos no processo de divórcio.

São desenvolvidas com base na experiência de outros países e oferece a oportunidade para que os participantes transformem-se em protogonistas na solução dos conflitos gerados com a separação e se responsabilizem pela vida de cada um, principalmente dos filhos.

Manoel Ramos – Centro de Conciliação do Fórum de São Luís