Em parceria com a Assembleia Legislativa e dentro das festividades em comemoração aos 30 anos da Constituição do Rio Grande do Norte, o Tribunal de Justiça realizou, na tarde da última sexta-feira, 11, mais um casamento comunitário na praça 7 de Setembro. A celebração, que contou com apresentações artísticas locais (coral da Assembleia Legislativa e a apresentação da Orquestra Sanfônica do Museu do Vaqueiro), foi presidida pela juíza Fátima Soares e selou a união civil de 95 casais de Natal.
A afinidade entre os poderes também se observou em outros eventos promovidos conjuntamente entre o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa, como por exemplo, na sessão de casamentos comunitários e gratuitos organizada pelo Núcleo de Ações e Programas Socioambientais do Poder Judiciário potiguar (NAPS) em uma ação conjunta com o programa “Assembleia e Você”, do parlamento estadual no último mês de setembro, na Comarca de Currais novos.
Em Natal, além da parceria entre os dois poderes, o evento também contou com a participação dos cartórios da capital. Para casarem em praça pública, dentro das festividades dos 30 anos da Constituição estadual e de forma totalmente gratuita, os noivos tiveram à disposição os cartórios da Redinha, do Alecrim e do Igapó para registrarem seus casamentos. Assim, foram 20 noivos pelo Cartório do Igapó, 25 pelo da Redinha e 50 pelo do Alecrim.
Na abertura do evento, a coordenadora do Núcleo de Ações e Programas Socioambientais do Poder Judiciário potiguar (NAPS), desembargadora Zeneide Bezerra, destacou o viés social que os poderes constituídos precisam desempenhar na atualidade. “O Tribunal de Justiça sempre se preocupa com um olhar social e daí trazer esses casamentos, em qualquer oportunidade, em qualquer evento por todo o Estado”, comentou.
Ela também enalteceu a parceria entre os dois poderes em benefício da população mais carente. “Nós estamos aqui com a Assembleia, que está fazendo um trabalho fantástico em face da Constituição do Estado que está aniversariando 30 anos, e nessa alegria da Assembleia e Tribunal de Justiça trazem esses casamentos para compartilhar a alegria com aqueles que queriam casar e nunca tiveram a oportunidade de concretizar esse desejo”, destacou.
Dulcinéia Brandão, diretora administrativa-financeira da Assembleia Legislativa, que na oportunidade representou o presidente da Casa Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, também destacou o trabalho conjunto dos dois poderes. “A parceria é muito importante, não só essa agora, nós temos também a Justiça na Praça e várias outras ações do TJ que a gente participa porque, exatamente essa força, essa união de esforços faz com que a população mais carente sinta-se prestigiada”, ressaltou.
Para ela, a importância dessas ações se dá pelo fato de que estas possibilitam a essa população receber diretamente o benefício que tanto o Poder Legislativo, quanto o Poder Judiciário podem oferecer de forma gratuitamente. “Significa que nós estamos atendendo, estamos chegando junto da camada mais carente da população”, concluiu.
Essa preocupação em estar mais perto da população vem sendo compreendida pela sociedade. No casamento dessa sexta-feira, entre os 95 casais estava a vendedora Geiza Nunes e o marceneiro Josenilson Barauna, que já vivem juntos há sete anos. Segundo a noiva, casar é um sonho para toda mulher, e a oportunidade surgiu quando uma amiga a avisou que estava havendo casamento comunitário.
“Eu e ele somos evangélicos e, pela religião, a gente tem que estar casado. Assim, a gente juntou o útil ao agradável, não é mesmo? Porque a religião pede o casamento e, para nós, é um sonho a ser realizado. Então, esse casamento comunitário proporcionou a realização desse sonho pra gente”, afirmou Geiza Nunes, em tom de agradecimento.
Felicidade
Como um tempo maior de convivência, o motorista Marcos Aldenir Ferreira e a dona de casa, Ilvania Costa estavam empolgados na solenidade momentos antes de dizerem o tão sonhado “sim” um ao outro. Para Marcos Aldenir, 13 anos já era um tempo muito longo e precisava oficializar aquela união. “Como nós decidimos, já há muito tempo, pela convivência, e já temos um filho com 12 anos, vimos a oportunidade de aproveitar esse casamento comunitário que está muito lindo”, contou.
Para Ilvania, além do sonho do casamento e do longo tempo de convivência, um outro motivo a levou a casar em praça pública: o filho do casal sempre a perguntava porque a mãe não tinha o mesmo sobrenome que o pai dele. “Então eu decidi que ia tirar o nome de solteira e colocar o nome de casada”, revelou em tom de felicidade.
Ao final, além de bolo de casamento, todos os recém-casados receberam mudas de planta doadas pelo Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa, através da Coordenadoria Permanente de Gestão Ambiental (Copegam), do TJRN e das ONGs Baobá e @Rede Eu Sou do Amor.