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TJ/SC – Oficina de Parentalidade sugere guarda compartilhada como ideal para pais separados em SC

Com a finalidade de auxiliar na estruturação da família após a ruptura conjugal e informar sobre as questões que envolvem a estabilidade dos filhos e da nova família, a comarca de Joinville realizou nesta semana mais uma edição da Oficina da Parentalidade.

Cerca de 35 pessoas que possuem processos nas Varas da Família da comarca e que disputam a guarda, visitas e alimentos dos filhos participaram do encontro. O tema foi ministrado pela psicóloga e mediadora Alexsandra Acácia Pietruza de Oliveira.

“A guarda compartilhada é a modalidade que mais apresenta vantagens. Os genitores devem discutir todos os pequenos e grandes assuntos relacionados aos filhos. O convívio não é interrompido, ambos os genitores acompanham o desenvolvimento dos filhos”, explica a psicóloga.

Mensalmente, sempre na primeira segunda-feira do mês, as oficinas são realizadas com a finalidade de difundir a noção de que partilhar uma vida conjugal e familiar demanda esforço, mas cria um espaço seguro e confiável para a compreensão das diferenças. 

“Destacamos diversos assuntos, entre eles os danos emocionais e financeiros decorrentes do processo litigioso em comparação aos métodos adequados de resolução de conflito como a conciliação e a mediação”, explica Alexsandra. Ela acrescenta que o encontro serve para contribuir para a transformação da cultura do litígio em cultura da pacificação social.

Carlos (*) participou desta última edição.  Separado da família há dois anos, possui um filho de oito anos de idade e acompanhou atentamente as explicações da psicóloga. “Estou aqui para compreender um pouco mais do processo. Minha ex-esposa está pedindo aumento da pensão alimentícia do nosso filho, mas atualmente não tenho condições de elevar o valor. Tenho audiência com o juiz na semana que vem sobre este caso”, argumenta Carlos.

Alice (*), outra participante do curso, foi enfática em dizer que para uma criança ter educação melhor, precisa ter pai e mãe presentes. ¿O filho não é uma disputa e, sim, uma conquista diária”, revela Alice.

Na mesma linha de pensamento está Carolina (*), que conta que a raiva precisa ser deixada de lado. “É preciso que os dois lados estejam abertos ao diálogo. O principal é a comunicação entre as partes”, acredita. Desde 2002, a comarca de Joinville dispõe do Serviço de Mediação Familiar, responsável por atender demandas judiciais e pré-processuais.